A escolha entre parto normal e cesárea é uma dentre as inúmeras e variadas dúvidas que cercam as gestantes. Como uma escolha que envolve diferentes fatores, ela deve ser tomada mediante a evolução do pré-natal e baseada em muita conversa com o profissional que acompanha a gestação.
Algumas vezes, essa escolha não vai depender apenas da vontade da mãe, mas sim de outros fatores, como a evolução do trabalho de parto e a saúde do bebê tão logo o momento se aproxime.
Independentemente de contratempos, é importante que a mulher tenha conhecimentos tanto sobre o parto normal quanto sobre a cesárea para realizar, no que depender dela, a melhor escolha para ela e para o bebê.
Pensando nisso, o post de hoje trará as 7 diferenças entre o parto normal e o de cesariana. Confira a seguir!
1. A preparação
É importante lembrar que a cesárea é uma cirurgia abdominal de grande porte e, como procedimento cirúrgico, exige que alguns cuidados sejam tomados. Geralmente, a recomendação é o jejum completo de no mínimo 6 horas antes da cirurgia, seguido de outras orientações realizadas no próprio hospital.
Já no parto normal, no que diz respeito à alimentação, a orientação é apenas comer alimentos leves ao entrar em trabalho de parto e ficar atenta aos sinais aprendidos durante o pré-natal que indicam a busca pela maternidade para o momento tão esperado.
2. A dor
Dor é a sensação mais temida pelas gestantes. Inclusive, algumas dizem optar pela cesárea como fuga da tão falada “dor de parto”. Mas a realidade não é bem assim! A dor está presente em ambos os tipos de parto, com diferenças entre momentos e intensidade, variando de forma muito individual.
Na cesariana, a dor não é sentida durante o parto por causa da utilização da anestesia. Entretanto, à medida que a anestesia perde seu efeito, a gestante passa a sentir a dor na região do corte, onde foram dados os pontos e acontece o processo de cicatrização.
Já no parto normal, a dor está presente durante as contrações do trabalho de parto — e senti-la é uma opção. Diferente da cesárea, a gestante pode solicitar a qualquer momento o uso da anestesia para aliviar a dor desse processo.
3. A anestesia
Na cirurgia de cesariana, a anestesia é realizada no início do procedimento, podendo ser raquidiana, peridural ou uma combinação das duas. A raquidiana é a mais comum nesse caso, sendo administrada em dose única, em volume menor e com duração anestésica limitada.
No parto normal, quando solicitada pela gestante, a anestesia mais comum é a peridural. Esta é aplicada com uma quantidade maior de anestésico e utilizada continuamente por meio de um cateter, até o momento que for necessário.
É importante ressaltar que ambas as anestesias mantêm a gestante acordada para o primeiro contato com o bebê. Há também uma diferença nas doses utilizadas nos diferentes tipos de parto. Assim, durante a cesárea, a gestante perde os movimentos da perna, enquanto o efeito é apenas analgésico no parto normal, possibilitando o movimento.
4. O corte
Quando se trata da cirurgia cesariana, o corte é necessário para que o nascimento aconteça. O corte é feito na região pubiana, um pouco abaixo da linha do biquíni, e passa por sete camadas de tecido até chegar ao bebê.
No parto normal, o corte é chamado de episiotomia e feito na região chamada períneo, localizada entre a vagina e o ânus. Por muito tempo, o corte foi uma rotina nos partos normais, mas não é mais assim, pois é sabido que a episiotomia sem necessidade pode causar mais malefícios do que benefícios à mulher.
Portanto, converse com o profissional que te acompanha durante o pré-natal, conheça quais são os casos de episiotomia necessária, expresse a sua posição quanto ao corte, converse com a equipe durante o trabalho de parto e deixe tudo registrado no seu plano de parto.
5. A duração
O tempo de realização da cesárea costuma ser de, em média, uma hora, podendo variar de acordo com o médico ou com o surgimento de alguma complicação durante o procedimento.
Já o tempo do parto normal varia de acordo com a gestante. Fatores como dilatação e a evolução das contrações no trabalho de parto são definidores. O parto normal é tão individual e variado que mesmo uma única mulher pode variar, e muito, a duração do parto de uma gestação para a outra.
6. A cicatrização
Como lemos anteriormente, o corte na cirurgia cesariana é grande e profundo, mas isso não faz com que a cicatrização seja pior do que a episiotomia, por exemplo.
Em ambos os casos, a cicatrização é um processo que exige atenção, observação e cuidados — com muita higiene —, de forma a favorecer um processo sem complicações.
A cicatrização da episiotomia exige uma atenção redobrada quanto à higienização, por se tratar de uma área com grande risco de contaminação. O uso de anestésicos e antissépticos pode ser discutido com o seu médico.
7. O tempo de recuperação
A cesárea exige um tempo maior de recuperação do que o parto normal, por ser uma cirurgia de grande porte com uma grande intervenção. Após a cirurgia, é necessário que a gestante fique internada por, no mínimo, três dias, para que seja acompanhada no pós-operatório.
A mulher só poderá se levantar entre 6 e 12 horas após o parto e terá dificuldades tanto para se levantar como para se sentar e realizar movimentos intensos na região abdominal. Além disso, é proibida a realização de exercícios abdominais por, pelo menos, três meses.
O pós-parto normal, por sua vez, acontece de forma mais tranquila e natural. Dependendo de como foi o parto, a mulher poderá estar disposta e ser capaz de sair caminhando, embora seja necessário evitar esforços. Caso seja realizada a episiotomia, essa recuperação pode ser um pouco mais incômoda, havendo desconforto ao sentar por cerca de uma semana, mas nada que prejudique a rotina da mulher.
O parto humanizado é aquele em que a gestante tem o poder de decisão sobre o seu trabalho de parto, em que seus direitos são assegurados, ela podendo contar com um acompanhante de sua escolha ao seu lado e desfrutar desse momento tão maravilhoso da vida de forma saudável!
Diante de tantas diferenças entre parto normal e cesárea, o importante é priorizar a mulher e o bebê, independentemente do tipo de parto a ser realizado. Agora que você já conhece algumas diferenças entre o parto normal e cesárea, que tal compartilhar este texto nas suas redes sociais, para que outras mulheres também possam entender melhor sobre esse assunto?