O nascimento do primeiro filho é um momento único, que pode significar a realização de um sonho para grande parte das mulheres. Entretanto, a indescritível sensação de ser mãe é acompanhada de inseguranças, medos e muitas dúvidas como “Devo ter a cama compartilhada com meu bebê?”. Mas calma, isso é normal. Afinal, você quer proporcionar o melhor para o seu bebê, não é mesmo?
Uma das dúvidas mais frequentes é em relação à cama compartilhada entre os pais e a criança: afinal, ela pode dormir na cama com os pais? Especialistas apontam que essa prática pode trazer benefícios para o pequeno e para a sua relação com os progenitores — porém, com restrições!
A seguir, acompanhe as vantagens da cama compartilhada e esclareça suas dúvidas sobre os cuidados que se deve ter com essa prática. Veja, ainda, dicas de como realizar uma transição para o quarto da criança de forma mais tranquila. Vamos lá?
Os benefícios da cama compartilhada
O hábito de pais e crianças dividirem a mesma cama, apesar de ser muito antigo, é praticado até hoje. Muitas vezes, por conta do dia a dia corrido, o período da noite é o único momento que você pode ter com os filhos.
A cama compartilhada tem sido uma alternativa para conseguir compensar um pouco essa ausência e matar a saudade do bebê. Para que você entenda melhor, listamos 4 benefícios dessa prática. Acompanhe:
1. Facilita o cuidado noturno com o bebê
Principalmente nos primeiros meses de vida, o bebê precisa de cuidado em tempo integral. Essa cautela necessária te leva, muitas vezes, à exaustão. Ter a criança ao seu lado na hora de dormir evita que você fique preocupada e levante a todo o momento para ver se ela está bem.
2. Fortalece os laços afetivos
Com a rotina corrida, ter a disponibilidade que você deseja para o seu filho, em grande parte das vezes, não é possível. Portanto, o período do sono pode ser o único momento do dia que os pais têm para dar a atenção que as crianças merecem.
Compartilhar a cama com o bebê permite a você compensar essa ausência. Além disso, possibilita criar uma intimidade e fortalecer os laços afetivos com o seu filho, o que não seria possível em outra situação.
3. Diminui o estresse
O nascimento de uma criança significa uma alegria imensa. Entretanto, junto a essa felicidade vem muita responsabilidade, já que ser mãe em período integral não é algo simples.
Adotar práticas que facilitem o seu dia a dia é fundamental para uma convivência com o seu filho e com os demais membros da família. O hábito da cama compartilhada pode ser um importante aliado da harmonia familiar.
4. Facilita a amamentação
Esse talvez seja o principal benefício da prática da cama compartilhada — e vai além da facilidade de não ter que levantar da cama durante a noite para amamentar.
Especialistas apontam que o fato do bebê dormir junto com a mãe estimula o aleitamento materno e aumenta bastante a possibilidade da amamentação ocorrer até os 6 meses de idade. E amamentar por um maior período de tempo significa:
- diminuir o risco de infecções;
- reduzir o risco de obesidade;
- melhorar as habilidades cognitivas e sociais.
Cama compartilhada com segurança
Como sinalizamos no início do texto, a cama compartilhada traz inúmeras vantagens, mas esse hábito deve ser adotado com cuidado e respeitando as restrições indicadas pelos especialistas. Listamos, a seguir, 4 normas de segurança indispensáveis:
1. Garanta que sua cama seja segura para o bebê
A melhor escolha é uma cama mais próxima ao nível do chão. Caso isso não seja possível, certifique-se de que todos os vãos estejam preenchidos: isso evita que o seu bebê passe por um desses espaços e se machuque.
2. Use um enxoval de qualidade
Use lençóis sob medida e de qualidade, para que não haja o perigo de se soltarem durante a noite e serem um risco de sufocamento para o neném. Outro cuidado importante com o enxoval de seu bebê está relacionado às roupas de dormir. Não coloque peças com babados, cordões etc.
3. Atente-se ao tipo de colchão
Utilize um colchão grande, capaz de acomodar você e o seu bebê com conforto e segurança. Além disso, opte pelos modelos mais planos, que não sejam muito macios.
Esse cuidado é importante, pois o peso do adulto causa depressões e inclinações em colchões muito macios, fazendo com que a criança role em sua direção.
4. Lembre-se de que a cama compartilhada tem tempo de duração
É recomendado que os filhos durmam com os pais até os 4 meses de idade. Aumentar muito esse período pode prejudicar o relacionamento do casal e, além disso, criar uma relação de dependência com o filho, dificultando a transição da criança para o quarto próprio.
Da cama dos pais para o quarto próprio
A cama compartilhada traz inúmeros benefícios se adotada com as precauções necessárias. Mas isso não quer dizer que a intenção é que seu filho durma na sua cama para sempre, não é mesmo?
Muitas vezes, a transição do quarto dos pais para um espaço próprio não é tarefa tão simples, já que esse momento é difícil tanto para o bebê quanto para os pais. O importante é que o processo seja conduzido de forma gradual, para que a criança sinta a segurança necessária de permanecer sem a presença dos pais no período do sono.
Listamos, a seguir, algumas dicas para facilitar essa transição:
- coloque uma cadeira do lado da cama de seu filho, ou tenha uma cama babá e fique lá até ele adormecer;
- recorra aos bichinhos de pelúcia pequenos, e as famosas naninhas. Eles podem ser companheiros de seu filho nesse período, fazendo com que ele não se sinta sozinho;
- faça do quarto do seu bebê um ambiente calmo e acolhedor. Um cômodo adequado para a criança fará com que ela prefira estar lá por sua própria vontade;
- o processo deve ocorrer de forma gradativa. Forçar para que o seu filho durma sozinho de forma abrupta fragilizará toda a construção afetiva que a prática da cama compartilhada até então lhe proporcionou.
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