Resguardo pós-parto: entenda e tire suas dúvidas!

A gestação é um momento cheio de novidades e expectativas para as futuras mães, principalmente as de primeira viagem. Mas todo esse turbilhão de emoções não acaba quando o bebê nasce. Ao sair da maternidade, começam os questionamentos sobre os cuidados iniciais com o bebê e no resguardo pós-parto.

É importante que as novas mamães entendam que, apesar de o bebê recém-nascido requerer cuidados constantes, elas precisam também prestar atenção em si mesmas nesse período de resguardo pós-parto. O cuidado compartilhado com o pai e outros familiares ajudam as mães a passarem pelo resguardo com tranquilidade.

Mas, afinal, o que é o resguardo pós-parto e quais os cuidados importantes nessa fase? Acompanhe o post para saber!

Resguardo pós-parto

O resguardo pós-parto, também chamado de puerpério, é o período que se inicia logo após o nascimento do bebê e compreende as transformações no corpo para que ele volte ao seu estado de antes da gravidez.

Esse processo não acontece todo de uma vez, o organismo precisa de tempo para sua reorganização física e hormonal, além da adaptação às mudanças psicológicas da fase.

O resguardo pós-parto dura em média 40 dias, mas pode variar de mulher para mulher. Uma mãe que teve uma gravidez de baixo risco e sem complicações provavelmente terá um resguardo mais curto que outra com uma gestação complicada.

Algumas das alterações que ocorrem durante esse período são:

  • início da lactação;

  • regressão gradual do útero até seu tamanho normal;

  • regressão do edema de colo do útero, vulva e canal vaginal (em parto normal);

  • alterações de humor e mudanças psicológicas relacionadas com a maternidade.

Esse período de intensas mudanças é de extrema importância e precisa ser acompanhado, para garantir que o corpo se adapte a essa nova fase durante o resguardo pós-parto.

Boas práticas

Algumas boas práticas gerais são recomendadas durante o resguardo pós-parto. As orientações podem ser diferentes entre mulheres que tiveram parto normal e as que fizeram uma cesárea, além de indicações específicas para cada caso que o médico pode passar.

Trazemos algumas das principais orientações.

Sangramento

O sangramento vaginal, também chamado de lóquios, inicia-se após o parto e pode durar até 30 dias durante o resguardo pós-parto. No início, o sangue é vermelho vivo, passa para uma cor acastanhada ou amarelada e torna-se esbranquiçado ao fim. Esteja atenta a essas mudanças para passar informações ao seu médico nas consultas do puerpério.

Atividade física

Logo após o parto, são permitidos exercícios passivos de flexão e extensão de pernas e pés assim como caminhadas curtas e leves, para ativar a circulação do corpo. Para as mães que fizeram cesárea, é preciso esperar passar o efeito da anestesia e levantar devagar cuidadosamente, para evitar a queda da pressão arterial.

Após o parto normal, é indicado que os exercícios leves, como caminhadas mais longas, sejam retomados após um mês e os exercícios pesados em 45 dias. Já na cesárea, que é considerada uma cirurgia, o tempo de recuperação é mais longo. Recomenda-se cerca de dois meses para retorno de atividades leves e três meses para os exercícios mais pesados após o resguardo pós-parto.

Carregar peso (maior que o do bebê) deve ser evitado no primeiro mês, independente do tipo de parto. Iniciar atividade física antes da hora pode trazer mal-estar e prejudicar a cicatrização.

Relações sexuais

Essa é uma das maiores dúvidas das mulheres no período de resguardo pós-parto. A relação sexual é contraindicada por no mínimo um mês após o parto.

Após o parto normal, as estruturas genitais encontram-se com inchaço e vasos mais dilatados, de forma que o sexo pode causar dor, sangramento e maior risco de infecção. Além disso, nas mulheres que necessitaram de episiotomia no parto, pode prejudicar a cicatrização.

A cesárea também exige esse período de resguardo da relação sexual, pois apesar de as estruturas genitais não estarem modificadas, o corte feito na barriga exige maior tempo para a cicatrização de todas as camadas. Fazer muita força pode retardar a recuperação e gerar hérnias abdominais.

Alimentação

As mães que fizeram parto normal, mesmo que com anestesia local, podem se alimentar imediatamente após o parto. No caso da cesárea, é preciso esperar passar o efeito da analgesia.

Os cuidados com a alimentação não acabam com o término da gravidez. Durante o resguardo, a mãe precisa investir em uma alimentação balanceada, rica em proteínas, fibras, sais minerais e vitaminas. Afinal, a qualidade do leite da amamentação depende de sua dieta.

Evite alimentos muito gordurosos, excesso de açúcar e ingestão de bebidas alcoólicas durante o período de amamentação. Aumente a ingestão de líquidos para se manter hidratada.

Outras dicas para puérperas

Listamos algumas outras dicas que podem ajudar as mães de primeira viagem no período pós-parto:

  • A amamentação diminui a chance de engravidar, mas não a exclui! Por isso, ao retornar as atividades sexuais, é preciso buscar um método anticoncepcional para evitar uma gravidez seguida, que não é recomendada para o corpo da mulher;

  • É normal que a função intestinal esteja mais lenta logo após o parto, causando constipação. Aumente o consumo de fibras e evite alimentos como chocolates, refrigerantes, repolho e feijão, que causam mais gases intestinais;

  • Siga as orientações médicas para o cuidado da cicatriz da episiotomia ou cicatriz cirúrgica da cesárea. Contate seu médico no caso de aumento da dor local, vermelhidão, sangramento ou secreção;

  • O uso de medicamentos nessa fase deve ser feito conforme orientação e prescrição médica, principalmente para as mulheres que amamentam;

  • Esteja atenta aos sinais de alerta que indicam uma situação de emergência durante a fase de resguardo: febre maior que 38º C, sangramento genital exagerado, corrimento vaginal que pareça pus, queixas para urinar e dificuldade extrema para amamentar.

O período de resguardo pós-parto precisa ser respeitado pela própria mulher e por quem está a sua volta. Só assim o corpo tem tempo e espaço para se recuperar da melhor forma possível e a mãe pode exercer seu papel sem se preocupar com complicações.

E aí, gostou de saber sobre os cuidados durante o resguardo? Sabe de alguma outra dica para as mães nessa fase? Então deixe um comentário no post e compartilhe conhecimento com a gente e com os outros leitores!

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